domingo, 11 de abril de 2010

Lembranças de um tempo em que a felicidade era companheira...


Houve um tempo em que eu era muito feliz, muito, muito feliz. E sabia!
Essa felicidade é de um tempo em que eu não buscava razões, significados ou explicações. Eu simplesmente sentia e sabia. Sabia o quanto aquilo me fazia bem.
Sei que não posso reclamar, nem é essa minha intenção ao escrever essas palavras,apenas me bateu uma vontade aqui, dentro do peito, de fazer uma homenagem as minhas lembranças. Dizendo assim até pareço uma velinha de 103 anos, mas é que, de repente, uma saudade imensa me consumiu e eu tive que exteriorizar esse sentimento em lágrimas e palavras.Aqui só aparecem as palavras - ainda bem. Lembro que meu desejo era ser como a Avril, usar um all star beem surrado, carregar um skate nas costas e montar uma banda, e também ter um apartamento que eu dividiria com minhas melhores amigas, pessoas que hoje mal vejo e troco um bom dia sem graça. Ouvir um minuto para o fim do mundo, equalize ou wake me up when september ends era como lavar a alma. Também queria ser a Sam das três espiãs demais, até imaginava que meu humilde relógio da Barbie era algum aparato ultra tecnológico. Eu queria ser um pássaro e uma borboleta. Eu não tinha certeza do que queria ser. Mas mesmo assim, cada manha me era única, e o sorvete depois da aula que tinha sempre o mesmo sabor e a mesma cobertura são memoráveis. Queria também saber tocar violão, dar entrevistas ao Video Show. Eram sonhos de menina, sonhos..
Se me perguntassem qual lugar eu do mundo eu queria conhecer, eu não sabia responder, eu ainda não sabia que o mundo é tão grande. Se brigava com minhas amigas, no outro dia já sorríamos e era como se nada tivesse acontecido. Não nos prendíamos a magoas ou rancores. Nem sabíamos que isso existia. Eu não sabia porque as pessoas choravam ao assistir filmes, nem porque os adultos brigavam tanto, o meu mundo era tão perfeito. Ah, o mundo era perfeito. O meu mundo imaginário e aquele de sonhos reais que mal sabia eu, um dia seriam lembranças, apenas lembranças...
Hoje no entanto, questiono, busco razões,busco criar teorias e concepções sobre a vida, nossa existência e porque fico tão feliz ao ver um céu de inverno, ou olhar as estrelas a noite. Talvez porque eu precise disso pra entender que tudo o que sinto ou já senti são os responsáveis pela construção do que os adultos chamam maturidade. Eu prefiro chamar vida pois essa, ah.. essa é longa e algumas vezes, inexplicável e imcompreensível. O que me importa é saber que lembranças são como as pontes, belas, antigas,dão uma ótima foto e guardam vidas. Histórias que mereciam se tornar best-sellers e filmes de roteiros incríveis e vencedores de oscars.

3 comentários:

  1. Sempre vivemos em um mundo perfeito, até percebermos a realidade. Mas penso que se nunca passássemos por todas essas desilusões e decepções, viveríamos em um mundo de fantasia para sempre. Às vezes um olhar na realidade pode nos ajudar a entender muitas coisas. Antes, acreditamos na inocência de todos. Hoje vemos a falsidade nos olhos de cada um.
    Enfim. O que resta para nós, meras cabeças, é encontrar os olhos que realmente se preocupam com a gente.

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  2. Ah...Lembranças de um tempo em que usávamos trancinhas no cabelo, ficávamos vermelhas ao falar de garotos e sonhávamos a cada respirar...
    Hoje não somos mais aquelas garotinhas inocentes, mas mesmo assim continuamos a sonhar e agora, melhor do que antes, lutamos pelos nossos sonhos. E não se assuste, por mais que pareça que lute por nada, você sempre(sempre) pode aprender e crescer um puco mais. E o melhor de tudo é que se você tem uma estrela que brilha por você tudo fica mais fácil.

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  3. Ei, Bruna! Passei aqui para conhecer seu blog e ameeeeei esse texto! Que show, menina! Beijos!

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